Quando eu era criança sempre me disseram para aproveitar muito minha infância, porque um dia eu sentiria falta de ser criança. Graças a Deus aproveitei muito os velhos tempos, restando doces lembranças.
Hoje eu entendo o que é sentir falta da infância. É um pouco sentir falta de poder brincar na rua, de ter os sonhos mais simples e mais sinceros, da maior preocupação ser o dever de casa de matemática e de nunca ficar mais de 1 dia "de mal" de um amigo. No entanto, o que mais me faz falta é a condição de criança. O fato de eu ter um lugar seguro para correr: o braço dos meus pais. De não ter medo, não preocupar com o futuro. De dormir no banco do carro no caminho para casa e acordar no outro dia cedo na minha cama, porque meus pais subiram as escadas comigo no colo, me colocaram na cama, me cobriram e me beijaram.
São muitos sentimentos misturados. A gratidão a Deus pela infância cercada de cuidados que tive devido a pais maravilhosos que Ele me deu; a gratidão a Deus porque Ele cuidou de mim e me possibilitou crescer, ter minha casa, meu trabalho e meus amigos; a felicidade de saber que meus pais estão felizes em uma nova etapa da vida.
Mas confesso que no meio de todo esse processo às vezes parece que a vida está passando acelerada e eu correndo atrás dela, desejando a segurança que eu tinha nos velhos tempos. Confesso que por mais feliz (e muito grata) há tantos problemas ai fora que dá vontade de voltar e não ser aquela que vai ter que decidir ou que vai ter que sofrer as consequências das decisões. Problemas na família, preocupação com meus pais, sonhos, planos, perspectivas, amizades, proteção.
Essa é vida, isso é ser gente grande, eu sei que preciso me acostumar com isso.
O que me conforta é saber que quando falta chão, Deus é e sempre foi a minha Rocha segura.
Sua Palavra é minha segurança.
Essa é vida, isso é ser gente grande, eu sei que preciso me acostumar com isso.
O que me conforta é saber que quando falta chão, Deus é e sempre foi a minha Rocha segura.
Sua Palavra é minha segurança.