Ando pensando sobre a nossa capacidade de nos conectar com as pessoas. De comunicar o que estamos sentindo e de realmente ouvir o que o outro está sentindo.
Muitas vezes acabamos no automático: trocamos palavras com as pessoas, damos bom dia, boa noite, perguntamos como as pessoas estão, fazemos coisas que são confortáveis para todo mundo. Mas talvez o problema é que paramos nessa primeira camada do relacionamento. Não sabemos escutar. Não conseguimos apresentar nossas necessidades. Não sabemos acolher as necessidades dos outro.
E assim a gente vai seguindo: pessoas pela metade. Escondendo parte do que somos, porque nossa conexão não chega nas camadas mais profundas, de forma que a gente não sabe o que está sentindo, o outro não sabe o que a gente está sentindo, a gente não sabe dizer o que está sentindo (e nem dá conta de dizer), e o outro não sabe perguntar o que a gente está sentindo (e nem dá conta de ouvir).
Por essas questões, estou lendo o livro Comunicação não-violenta de Marshall B. Rosenberg. Uma amiga recomendou bastante e oro a Deus para que eu possa aprender ser uma pessoa que consegue se comunicar com os outros. Depois conto como foi.
Ilustração por: Kathrin Honesta¹