22 de março de 2012

A doce ilusão



"Às vezes, quando se é jovem, você acha que nada pode te machucar, é como ser invencível. Sua vida toda está a sua frente e você tem grandes planos. Grandes planos. Mas conforme vai envelhecendo, percebe que nem sempre é tão fácil assim. Pois no final, quando olha para trás ao invés de para frente... você quer acreditar que fez o máximo com o que a vida te deu. Quer acreditar que está deixando algo de bom para trás. Você quer que tudo tenha sido importante."
(One Tree Hill)
Sim, quando somos jovens achamos que nada vai nos atingir.  E principalmente: temos a ilusão do controle. A doce ilusão de que podemos controlar nossas vidas. Que câncer, depressão e complicações são coisas de velhos. Subestimamos a vida e seus problemas; achamos que podemos controlar o amanhã, que podemos controlar as pessoas à nossa volta.
Acontece que não somos nada. A nossa saúde vai passar, nosso vigor, nossa beleza, nossas conquistas, até mesmo o nosso ânimo de ficar a madrugada inteira acordados... e o que vai restar então? As consequências das nossas escolhas. 
E é por isso que precisamos escolher ser mais dependentes da graça de Deus, porque Ele nos leva a caminhos mais altos. Precisamos escolher as prioridades certas, porque se eu partir amanhã, quero ter a certeza que fiz tudo o que era importante para mim. Precisamos escolher ficar um pouco mais calados e observar as experiências dos que estão a nossa volta, para crescermos com elas. Temos que escolher ser menos egoístas: porque nós somos como um vento passageiro, que aparece e vai embora; não se iluda, você não vai ser jovem para sempre. Apegue-se ao que realmente importa.