20 de abril de 2012

Um momento de franqueza/fraqueza





No dia 19/04/12 minha avó, Altamira Bretas Corrêa faleceu. Mãe de 9 filhos. Mãe de 6 netos. Temente a Deus, mulher de oração, que se fortalecia no Senhor e guerreava por sua família. Tinha um senso de humor que não era possível encontrar em ninguém. Era sincera e humilde, não gostava de exageros e encarava a vida sempre com o pé no chão.
Se estou triste? Sim. Eu sempre choro em despedidas e essa é mais uma. Mas enquanto pude, amei minha avó, aprendi muito com ela. Aprendi coisas que só vós ensinam, como costurar, bordar e nunca colocar o pé no chão depois de tirar o tênis pois causa dor na coluna. Aprendi coisas não muito comuns de se aprender com as vós, como colocar 2 chicletes na boca  de uma vez (sim, faço isso até hoje haha). A dona Altamira também era cultura, pois na salinha de televisão dela nós apreciamos clássicos como ”Carinha de Anjo” e “A Usurpadora” (quaaanta cultura). Com minha vó também aprendi que o melhor jeito de ver a mudança na vida de uma pessoa é orando por ela: as campanhas de oração que ela participava eram infindáveis, e a lista de nomes que ela colocava eram ainda maiores. Aprendi também que amar alguém é muito mais do que meras expressões de carinho (coisa que ela fazia pouco): é interceder por essa pessoa e doar as suas forças para ajudá-la.  E o principal: enquanto esteve viva serviu ao Senhor com alegria. Por isso louvo ao Senhor pela vida de minha avó e pela saudosa lembrança que ela nos proporcionou.
Sim, ela morreu. Mas o Senhor foi tão lindo que ela morreu dormindo, com uma expressão calma e serena. Seu culto fúnebre foi confortante e lotado! Os desafios continuam e Deus ainda tem muita coisa para fazer na minha família, por isso as orações não cessam. Mas sinto uma paz em meu peito. E não é porque tudo vai bem, mas porque eu sirvo ao meu Senhor e não me baseio nas circunstâncias.