No dia 19/04/12 minha avó, Altamira Bretas Corrêa faleceu. Mãe de
9 filhos. Mãe de 6 netos. Temente a Deus, mulher de oração, que se fortalecia
no Senhor e guerreava por sua família. Tinha um senso de humor que não era
possível encontrar em ninguém. Era sincera e humilde, não gostava de exageros e
encarava a vida sempre com o pé no chão.
Se estou triste? Sim. Eu sempre choro em despedidas e essa
é mais uma. Mas enquanto pude, amei minha avó, aprendi muito com ela.
Aprendi coisas que só vós ensinam, como costurar, bordar e nunca colocar o pé
no chão depois de tirar o tênis pois causa dor na coluna. Aprendi coisas não
muito comuns de se aprender com as vós, como colocar 2 chicletes na boca
de uma vez (sim, faço isso até hoje haha). A dona Altamira também era cultura,
pois na salinha de televisão dela nós apreciamos clássicos como ”Carinha de
Anjo” e “A Usurpadora” (quaaanta cultura). Com minha vó também aprendi que o
melhor jeito de ver a mudança na vida de uma pessoa é orando por ela: as
campanhas de oração que ela participava eram infindáveis, e a lista de nomes
que ela colocava eram ainda maiores. Aprendi também que amar alguém é muito
mais do que meras expressões de carinho (coisa que ela fazia pouco): é
interceder por essa pessoa e doar as suas forças para ajudá-la. E o
principal: enquanto esteve viva serviu ao Senhor com alegria. Por isso louvo ao
Senhor pela vida de minha avó e pela saudosa lembrança que ela nos proporcionou.
Sim, ela morreu. Mas o Senhor foi tão lindo que ela morreu
dormindo, com uma expressão calma e serena. Seu culto fúnebre foi confortante e
lotado! Os desafios continuam e Deus ainda tem muita coisa para fazer na minha
família, por isso as orações não cessam. Mas sinto uma paz em meu peito. E não
é porque tudo vai bem, mas porque eu sirvo ao meu Senhor e não me baseio nas
circunstâncias.