16 de agosto de 2013

O AMBIENTE DO MILAGRE

“Vamos ao rio Jordão onde cada um de nós poderá cortar um tronco pra construirmos ali um lugar de reuniões” (2Reis 6.1-7)

Este texto termina com um milagre simples, tipo aqueles mimos de Deus para os seus filhos, que se não fosse realizado mudaria pouco a rotina dos que o receberam. Um machado foi recuperado, de maneira milagrosa, mas apenas um machado. Poderiam dar outro no lugar daquele, mas Deus o traz de volta, mostrando que ele se importa conosco nos mínimos detalhes.
Então o que é tão importante para o Senhor a ponto de milagres pequenos e contínuos se sucederem  a grandes transformações, como nesta narrativa? O texto anterior fala da transformação de Naamã, mais que o milagre da cura da lepra, a mudança interior mostrada na cura da idolatria comum ao seu povo. (5.18,19). Neste caso, a humildade e a obediência são base para o milagre, depois do reconhecimento expresso de que se  precisa dele.(5.13)
No caso específico do machado “reconquistado”, vemos um ambiente que agrada a Deus:
a) Pessoas estavam reunidas para buscá-lo e aprender dele. Aqueles homens tinham o coração submisso e eram chamados de discípulos. Tinham uma visão do poder de Deus e queriam ver o seu Reino ampliado – não confundir o reino com uma casa maior por que Deus faz questão de dizer que não é uma coisa sinônima da outra (1).
b) Iam em unidade fazer um serviço para o bem de todos. “cada um de nós poderá cortar um tronco para construirmos...” (2) quando todos tem uma disposição de trabalhar juntos, Deus se inclina para os detalhes por que as diferenças se amenizam em gestos de serviço e nos assemelham  a Deus em nos doar ao outro.
c) Convidaram a supervisão e direção do profeta, (3) numa disposição de abrir mão da maneira individual para que o coletivo se estabelecesse. Se estivessem sem liderança, o trabalho seria fragmentado, a unidade ruiria, a produção desceria rio abaixo.
Foi neste ambiente especial que aconteceu o acidente. O machado de um deles caiu no rio, em um lugar profundo e escuro, sem condições de ser encontrado. Mostra que não estamos isentos dele e que além de toda estratégia espiritual e de equipe, cada um de nós precisa estar vigilante. Estamos sujeitos a circunstancias e problemas como qualquer ser humano. Eles poderiam ter se juntado em uma “vaquinha” e comprado outro machado, poderiam ter devolvido  um dos outros machados do grupo, mas ele foi orar. Derramou sua súplica diante do profeta e Deus direcionou aquela situação para demonstrar seu grande amor pelos seus, em questões maiores ou menores. Vamos aprender com esta turma a depender de Deus?

AUTOR: CLEYDEMIR DE OLIVEIRA SANTOS