17 de março de 2015

O esmalte preto

Eu sempre gostei muito de passar esmalte, principalmente sonhava com o dia que eu fizesse 15 anos e pudesse passar esmaltes escuros (isso mesmo, só passei esmalte escuro com 15 anos).
Hoje passando esmalte percebi que ainda pareço uma criança de 11 anos: ou fica borrado, ou fica com bolinha, ou fica amassado. E não era qualquer esmalte: era um esmalte preto, que além de ser mais grosso que os demais, agarra nos cantinhos da unha e via de regra fica um desastre só. Já que não é o ideal que eu ande por ai com a unha borrada, me esforcei para que não ficasse tão ruim. Dediquei um longo tempo para limpar os cantinhos, refiz a unha que estragou ao invés de "remenda-la" e esperei um bom tempo para que secasse.

Resultado: não ficou tão bom, mas ficou muito melhor que das outras vezes. 

Parece apenas uma enfadonha história do meu esmalte preto e da minha inabilidade para passa-lo, mas acontece que em outras áreas da minha vida isso se repete. Tenho algumas limitações e dificuldades que são de longa data, e as vezes penso que talvez nunca me livre por completo delas. Mas o que de fato importa é que estou tentando avançar, caminhando na direção da melhoria (ainda que seja difícil). Aprendi isso com meu pastor algo que me libertou: o que mais importa não é se estou dentro limite que estabeleci como ideal, mas sim se estou caminhando em direção à minha meta, ao que acredito que seja o ideal.

Hoje meu esmalte preto não ficou grandes coisas, mas estou caminhando para isso. Hoje não posso dizer que está tudo resolvido em minha vida, ma estou caminhando para isso.