Hoje voltando do trabalho de terninho, salto e de crachá que tinha meu nome e minha foto, fiquei pensando no quanto eu brincava de ser assim, adulta, trabalhar em um lugar que mexesse com papéis, com computador e atendesse telefone; parecia uma coisa tão chique, tão legal e ao mesmo tempo tão distante... porém hoje aqui estou eu: formada, trabalhando 8 horas por dia, sem meus pais por perto (outra coisa que planejava quando criança: ser "independente"), chegando do trabalho e ainda tendo que arrumar a casa.
Fato é que parece que tudo o que eu sonhava foi acontecendo aos poucos; a vida foi acontecendo aos poucos. E quando eu paro e penso já tenho 21 anos, que o tempo não desfaz e que cada dia vou tomando decisões mais sérias e meu futuro vai se desdobrando, tenho duas antagônicas reações: a primeira, e mais natural, é desesperar porque a vida está passando muito rápido. Já atravessei a adolescência, a fase do vestibular e até mesmo a faculdade. Meu Deus!!! Será minha vida está caminhando para o rumo certo? Será que terei um marido abençoado? Qual pós graduação/mestrado eu deveria fazer?
A segunda reação é diferente e é a ela que eu me apego. É uma reação de agradecimento, porque até aqui o Senhor que abençoou, cuidou de mim e abriu portas. Os sonhos mais simples da infância Ele me deu a oportunidade de realizar e a vida segue, mas não de qualquer modo: com Ele. E isso precisa me trazer paz e confiança, porque não precisei de fazer força pra chegar aos 21 anos, então não será diferente daqui para frente.
Ele cuida de nós. Ele cuida da nossa vida e nos convida a descansar nEle: "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus" (Salmos 46:10a). Ele é nosso pastor, e nos faz descansar, seja com 10 anos de idade, com 20 ou 80.