2 de maio de 2015

Afinal, a oração é ou não um canal 24 horas?

Comecei a ver uma série com meu irmão cujo enredo está bem ligado a um time de futebol americano em uma cidade do interior no sul dos Estados Unidos. Fica claro o amor das pessoas pelo futebol americano, de forma que os assuntos da cidade giram em torno disso, a cidade literalmente fecha tudo e pára nas sextas que tem jogo.

Mas outro aspecto demonstrado e que me intrigou foi o fato de que as pessoas na série são protestantes e estão sempre orando (pelo menos no início está assim). Sim, em 2 episódios eles fizeram umas 5 orações. Eles oram antes do jogo, oram em momentos de dúvida ou ansiedade... Simplesmente param no meio da situação em que se encontram e oram.

Sei que é só uma série, e que muito provavelmente daqui a alguns episódios eles nem vão orar tanto assim mais, mas foi o suficiente para eu refletir sobre mim. Tenho meu tempo diário de momento a sós com Deus. Mas então durante o dia eu vou vivendo. Faço aquela oração mais simples do mundo agradecendo pelo almoço. E ai quando no meio do meu trabalho estou com dor de cabeça, eu falo como algo costumeiro como: "Senhor, me ajuda, minha cabeça está doendo", e vou logo procurar um remédio. Mas não paro e de fato oro pedindo a intervenção do Senhor e crendo que Ele pode fazer.

Nós limitamos nossas orações a momentos específicos, previamente planejados. Afinal de contas, a vida é assim tão corrida e exige soluções mais rápidas que a oração. Essa postura demonstra que não compreendemos o poder da oração e por isso não temos fé que ela tem que ser a nossa primeira opção em todas as circunstâncias. Não podemos deixar que exista dualismo entre secular e sagrado. Precisamos trazer a oração sincera e com fé em todos os momentos em nossas vidas.