Daqui a 10 dias faz dois meses que comecei um relacionamento. Para algumas pessoas pode ser "só mais um namorado na vida", mas para mim, essa decisão envolve tantos aspectos... Cresci com o ensinamento dos meus pais que eu só deveria pensar em namorado após os 18 anos. E eu levei a sério esse combinado com eles. Após os 18 eu estava em uma cidade diferente da que eu cresci, terminando o primeiro ano de faculdade e descobrindo quem eu era: reafirmando minha fé em Deus, construindo o que eu pesava da vida e do mundo. Conclusão, não foi aos 18 que comecei a namorar. Nem aos 20. Nem assim que me graduei na universidade.
Foram 24 anos me encontrando: olhando para mim e identificando meus gostos, minhas manias, minhas habilidades, minhas insuficiências, meus erros, meus acertos e meus sonhos. À primeira vista parece impossível que uma pessoa não saiba isso sobre ela mesma, mas esse foi meu caso: muitas vezes a gente vai vivendo sem se conhecer, sem olhar para si. Nos acostumamos com nós mesmos, sem raciocinar e ter dimensão de quem seremos nós em um relacionamento.
Aos poucos eu fui aprendendo a olhar para Deus, para seu caráter e comparar com a minha vida: nisso a gente percebe todas as nossas faltas e exageros, e começa a pedir a Graça que vem dEle para ser alguém que o agrade. Foi nesse tempo também que eu fiz (e faço ainda) terapia, e comecei a refletir sobre minha vida e personalidade. Admiti para mim mesma minhas limitações e pontos fracos, e tracei planos de ação para buscar ser uma pessoa de quem Deus e eu tivéssemos orgulho.
Esse não é um processo acabado. Nada disso eu conclui, mas já estava no caminho da longa jornada que é me conhecer.
E então dia 17/06 fui pedida em namoro. Por uma pessoa que eu conhecia há um ano, mas que intencionalmente a gente havia começado a se conhecer fazia 17 dias. Cada história é uma história, e eu sei que 17 dias é tão pouco para conhecer alguém e ter subsídios para decidir iniciar um relacionamento. Mas se eu era a pessoa mais desconfiada dos próprios sentimentos e dos sentimentos dos outros, 24 anos depois as coisas são diferentes. E eu digo com toda tranquilidade que não é por medo de ficar sozinha que eu decidi começar a me relacionar. Mas eu me conheço o suficiente para saber que a paz que tive em meu coração ao dizer sim, o fato de que meses antes eu orava entregando a Deus minha vida amorosa, o fato de que não sou mais uma adolescente buscando uma aventura romântica são todos fatores que confirmam a minha decisão.
E paralelo ao processo de me conhecer entra a necessidade de me deixar ser conhecida. Dizer sim a esse namoro, por mais que eu já quisesse bastante (eu já gostava muito dele), me colocou em uma posição "desconfortável" e pouco usual na minha vida, que é de compartilhar esse meu processo de me conhecer com outra pessoa. Se é difícil admitir para mim meus defeitos, imagina para quem eu gosto tanto e quero agradar e ser correspondida!
Tudo isso tem sido uma experiência construtiva e feliz. Tem tanta coisa em mim que dificulta relacionamentos, e que Deus está me ensinando. Com o tempo tenho me aberto para me deixar ser conhecida, ao mesmo tempo em que aprendo tanto com meu namorado. É interessante chegar em um momento da sua vida que você quer ser o melhor possível por Deus, por você e por outra pessoa (a quem você quer amar e garantir toda felicidade possível).
Enfim, creio que a vida é um eterno conhecer-se.
(e o Eterno tem muito a nos ensinar sobre nós mesmos).
E quando vierem os relacionamentos, nosso desafio é nos deixar ser conhecidos.
(isso só é possível se estivermos no caminho do autoconhecimento).
E quão bonito é o processo de se deixar ser conhecido por outra pessoa!
O quanto ela tem a nos desafiar sobre nós mesmos.
O quanto a gente cresce juntos quando identifica algo sobre nós que decidimos fazer diferente pelo outro.
Aos poucos eu fui aprendendo a olhar para Deus, para seu caráter e comparar com a minha vida: nisso a gente percebe todas as nossas faltas e exageros, e começa a pedir a Graça que vem dEle para ser alguém que o agrade. Foi nesse tempo também que eu fiz (e faço ainda) terapia, e comecei a refletir sobre minha vida e personalidade. Admiti para mim mesma minhas limitações e pontos fracos, e tracei planos de ação para buscar ser uma pessoa de quem Deus e eu tivéssemos orgulho.
Esse não é um processo acabado. Nada disso eu conclui, mas já estava no caminho da longa jornada que é me conhecer.
E então dia 17/06 fui pedida em namoro. Por uma pessoa que eu conhecia há um ano, mas que intencionalmente a gente havia começado a se conhecer fazia 17 dias. Cada história é uma história, e eu sei que 17 dias é tão pouco para conhecer alguém e ter subsídios para decidir iniciar um relacionamento. Mas se eu era a pessoa mais desconfiada dos próprios sentimentos e dos sentimentos dos outros, 24 anos depois as coisas são diferentes. E eu digo com toda tranquilidade que não é por medo de ficar sozinha que eu decidi começar a me relacionar. Mas eu me conheço o suficiente para saber que a paz que tive em meu coração ao dizer sim, o fato de que meses antes eu orava entregando a Deus minha vida amorosa, o fato de que não sou mais uma adolescente buscando uma aventura romântica são todos fatores que confirmam a minha decisão.
E paralelo ao processo de me conhecer entra a necessidade de me deixar ser conhecida. Dizer sim a esse namoro, por mais que eu já quisesse bastante (eu já gostava muito dele), me colocou em uma posição "desconfortável" e pouco usual na minha vida, que é de compartilhar esse meu processo de me conhecer com outra pessoa. Se é difícil admitir para mim meus defeitos, imagina para quem eu gosto tanto e quero agradar e ser correspondida!
Tudo isso tem sido uma experiência construtiva e feliz. Tem tanta coisa em mim que dificulta relacionamentos, e que Deus está me ensinando. Com o tempo tenho me aberto para me deixar ser conhecida, ao mesmo tempo em que aprendo tanto com meu namorado. É interessante chegar em um momento da sua vida que você quer ser o melhor possível por Deus, por você e por outra pessoa (a quem você quer amar e garantir toda felicidade possível).
Enfim, creio que a vida é um eterno conhecer-se.
(e o Eterno tem muito a nos ensinar sobre nós mesmos).
E quando vierem os relacionamentos, nosso desafio é nos deixar ser conhecidos.
(isso só é possível se estivermos no caminho do autoconhecimento).
E quão bonito é o processo de se deixar ser conhecido por outra pessoa!
O quanto ela tem a nos desafiar sobre nós mesmos.
O quanto a gente cresce juntos quando identifica algo sobre nós que decidimos fazer diferente pelo outro.