Tenho a sensação de que muitas vezes vivi no automático, e correndo atrás de um ideal: de como eu acho que eu deveria me comportar, o que eu acho que eu gosto, o que me parece que eu deveria fazer, quais as expectativas das pessoas pareciam necessárias de atender.
De repente, março de 2020 o mundo passa a viver uma pandemia. E nossa vida como ela era passou por muitas mudanças. Minha rotina foi reduzida a ficar em casa; cessaram meus muitos compromissos que davam a sensação de sentido, e as doses diárias de reforço positivo das pessoas/circunstâncias que eram necessárias para que eu continuasse correndo atrás dos ideais.
E nesses tempos de minha vida ter sido mudada, passei a olhar para dentro, tentar dar nome ao que eu carrego. Separar o que é meu do que sou eu tentando atender ao ideal. Revisitar o que o Senhor Jesus e sua Palavra dizem sobre mim.
2020 foi um ano inesperado. Mas tenho me desafiado a não sair dele da mesma forma que entrei. Não é simples. Por um período de tempo me vi vazia; parece que a pandemia drenou meus planos, pessoas, expectativas. Mas nesse processo percebi a importância de deixar ir tudo o que me ocupava, mas não me preenchia. E foi possível deixar Ele agir. E me deleitar nEle.
O desafio foi me abrir para a caminhada: única, particular, e que tem um guia amoroso e criativo: Deus. Ele sabe para onde está nos conduzindo. Ele tem um mapa e conhece cada etapa da viagem. O caminho é estreito, mas conduz à vida abundante.
Tu, Senhor, manténs acesa a minha lâmpada; o meu Deus transforma em luz as minhas trevas (Salmos 18:28, Nova Versão Internacional)
Foto por: Luiza Azevedo (https://www.boredpanda.com/surreal-photo-manipulations-luisa-azevedo/?utm_source=br.pinterest&utm_medium=referral&utm_campaign=organic)