Recentemente na terapia me dei conta de algo intrigante: atualmente eu não sei dizer quais são meus sonhos. Sonho daqueles que se você investe tempo, dinheiro, abre mão de coisas, se esforça para alcançá-los.
Não é que eu nunca tive sonhos. Pelo contrário, lembro-me de sonhar em ser uma jornalista de uma revista famosa. Lembro de ficar muito animada com o início da faculdade e todas as possibilidades que a vida me apresentava. Lembro-me de sonhar em ter meu emprego, minha mesa de trabalho, meu carro, de fazer uma viagem internacional, de ser dona da minha própria vida, casar e ser adulta.
Mas hoje, 07 de janeiro de 2021 eu teria dificuldade de responder: quais os meus sonhos? Pensando um pouco sobre isso, identifico que passei muitos anos da vida executando alguns planos de curto e médio prazo sem muito parar para pensar nos sonhos. E nesse ritmo acabei não parando para delinear meus sonhos.
Sou profundamente grata ao Senhor porque tive a oportunidade de viver muitas boas experiências, e parte dos meus sonhos de infância, como ter meu emprego, meu carro, viajar já aconteceram. E ter vivido tudo isso entra para o rol dos motivos de gratidão e de olhar para trás com alegria, ao mesmo tempo que escancara que não dá para os meus sonhos pararem por ai.
Começando por traçar a diferença de sonhos e desejos/vontades/planos. Os sonhos são maiores que a gente, não estão ligados a puras experiências ou realizações. Envolve talvez nosso propósito, nossas inquiteções e questões que queremos contribuir para o mundo.
Outro ponto que eu cheguei à conclusão é da importância de ter o hábito de sonhar. Parar, colocar a vida em perspectiva e identificar as vontades, transformando-as em objetivos. Perguntar a Deus como Ele deseja que a gente seja benção em nosso contexto; olhar ao redor, ver o que nos incomoda, e como podemos ajudar.
Por isso minha oração ao Senhor é que 2021 seja um ano de sonhos. Especialmente os sonhos dEle para mim. Que a vontade, que o sonhar, que o desejo por uma missão transbordem em mim.