18 de junho de 2012

O perigo da mediocridade




Deus andou falando comigo algumas coisas sobre estar na média. Estar na média é atender as expectativas mínimas que as pessoas tem sobre você. É fazer o básico. Em um primeiro momento isso é suficiente. Afinal de contas, quantas vezes nós suamos para chegar na média. Mas na vida, no mercado, no mundo espiritual estar na média=ser medíocre não está com nada.
Pensando na faculdade: se eu apenas leio o que meus professores mandam, reproduzo na prova o que li e ouvi, eu vou tirar notas boas, mas eu te pergunto: será que isso é suficiente? Tenho percebido que NÃO. A vida acadêmica é muito vasta e cheia de possibilidades. Se eu quiser ser bem sucedida, ter um pensamento difuso e construir hipóteses, eu preciso buscar outras fontes, ler outros livros, procurar novas formas de construir o conhecimento. Isso está ligado com o que chamamos de Proatividade; é aquela iniciativa que precisamos ter de ir além do que nos é proposto.
No mercado isso também tem se complicado. As pessoas estão cada vez mais exigentes. É aquela famosa história: não basta ser bom, tem que ser o melhor. E isso não é brincadeira, pessoas. Está cheio de gente fazendo o mesmo curso que você, concorrendo à mesma vaga que você e a pergunta é: QUAL É O SEU DIFERENCIAL?
Chegamos então ao ponto que me tocou: na vida espiritual também não há espaço para a mediocridade. O famoso texto de Apocalipse 3:16  (“Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca”) diz que  Senhor condenou a igreja porque ela era morna. Morno é um estágio intermediário entre frio e quente. É como se essa igreja estivesse na média, afinal de contas, morno é quase quente, mas NÃO SERVIA PARA DEUS. Quando Jesus diz que “a árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada fora” (Mateus 7:19) ela foi bem claro que tão ruim quanto o extremo de não dar frutos é dar frutos ruins ou frutos mais ou menos.
Acontece que é tão cômodo estar na média, que eu confesso para vocês que isso tem me afligido. Eu parei pra pensar e percebi que não passo de uma pessoa medíocre. Sim, eu atendo as expectativas mínimas das pessoas sobre mim, eu me encaixo no padrão moral mínimo da sociedade, e posso dizer que atendo o mínimo esperado no que diz respeito ao mundo espiritual. Mas Deus não espera de mim quaisquer frutos; ele quer frutos bons. Não sei nem se tenho frutos para oferecer, e ainda eles precisam ser bons. Percebem como temos nos acomodado com a nossa medíocre posição e dado pouco valor aos resultados excelentes que não só o nosso Deus exige, mas também o mercado e a universidade?
Que a minha e a sua oração seja que o Senhor nos ajude a sairmos da média e dar bons frutos. Que Ele nos ajude a entender que cumprir as regras, orar alguns minutos por dia é o mínimo esperado, mas que Ele quer muito mais de nós; Ele quer nosso coração por inteiro, Ele quer que superemos as expectativas! Precisamos acordar, precisamos nos mexer, precisamos sair da medíocre “zona de conforto”!