E o primeiro quadrimestre de 2025 passou. Foram tempos esquisitos, entre uma inércia e uma tristeza, sem muita vontade de estar na minha rotina, sem exengar o por que eu fazia o que eu fazia.
Acho que os desafios do meu trabalho me deixam assim: com a sensação de que eu não tenho as habilidades para fazer algo relevante, e nem tenho o poder/autonomia para fazê-lo. E isso me deixa em uma sensação de inércia, de só estou tocando o barco para ele não afundar, que vai dando uma angústia.
Ademais, estava me faltando perspectiva. Na verdade, primeiro ponto a reconhecer é que tenho a tendência a ter momentos depressivos. Um fato, que eu não posso desconsiderar. E fazia alguns meses que eu já estava mal. Meu cabelo quebrou e caiu muito, talvez como um sinal externo de tudo o que estava aqui dentro. Muito pelo trabalho; outra parte por me sentir em um buraco, perdida entre aquela Bia sonhadora, e a Bia que foi amadurecendo, vivendo a vida possível, mas de alguma forma perdendo a minha essência.
Nesse momento estou no aeroporto, voltando de Luanda, após passar 7 dias inteiros lá. E sem clichê, esse tempo marcou a minha vida, e foi a forma de Deus de eu encerrar esse quadrimestre. Você pode dar um google e ver sobre as condições de vida, que são desafiadoras. Mas não é isso que me marcou.
O que marcou esse tempo foi Deus, conduzindo cada um dos meus passos de forma carinhosa, e que ministrou ao meu coração. Foi ser acolhida por pessoas amorosas, inteligentes, preparadas, dedicadas e que amam a Deus. Foi ter o privilegio de aprender com eles, e perceber que há vários outros formatos de vida, mas que quem conhece a Deus, conhece a sua Palavra vive uma realidade espiritual que independe da realidade material. E de quebra ter a oportundiade de viajar com meu pai e estar juntos.
Creio que estou vivendo um novo tempo, voltando a essência de uma Bia que está aqui dentro, mas que às vezes se perde nas ansiedades da vida. E em todo tempo posso cantar da bondade de Deus, seja em Luanda, seja em BH.